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Capaz de ser tarde demais

E quando você olhar pela janela e perceber que a chuva está caindo, verá que é tarde demais. Tarde demais para me chamar para um café. Tarde demais para encomendar flores das cores que eu mais gosto. Tarde demais para se desculpar. Ah, meu bem... Pra tudo se têm limites. Minha gentileza se limitou. Minha paciência também. E sim, demorou. Para alguém, como eu, que acredita na existência de corações bons, foram decepções carregadas de muita espera, muita calma, muita ajuda. Hoje, você está longe, aí no norte, vivendo a vida que sempre quis: entre muitas pessoas e almas vazias, curtindo aquilo que chama de vida. E eu, aqui do outro lado. Cada um no seu canto, no sentido literal. A doçura que coube no seu olhar em nosso primeiro encontro, hoje está aqui comigo, me ajudando a escrever esse relato. As lembranças boas, claro, guardo com muito ardor. As ruins, tento deixá-las não arder. De fato, precisamos de sentimentos a todo momento. Os ruins, encontramos em qualquer lugar. Mas o refúgio, não. Quando lembrar e quiser me encontrar, não garanto estar aqui. Aconselho-te desamargar a vida, para depois achar-se em mim. E estarei por aí... Vivendo a vida que quis. Talvez com poucas pessoas, mas com corações cheios, iguais ao meu.

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